Cirurgia plástica em adolescentes: é preciso ter cautela
A adolescência é cercada de momentos tensos, questionamentos e muitas incertezas sobre a vida e o visual. Por conta dessa fase determinante, muitas pessoas que não se sentem satisfeitas passam a se fechar para o mundo. Com isso, a questão estética representa um grande peso. Adolescentes têm procurado clínicas de cirurgia plástica para ajustar alguma parte do corpo e eles passam a enxergar isso como uma manobra para lidar com todo esse universo de dúvidas.
No entanto, todas as informações devem ser dadas acerca de algo que mudará o aspecto físico desses jovens. Primeiramente, é importante lembrar que uma conversa franca com o médico é indispensável e que os responsáveis pelo adolescente devem estar presentes, já que este ainda é menor de idade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de cirurgias plásticas em adolescentes, entre 14 e 18 anos, mais do que dobrou em quatro anos – saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais). Diante de um cenário em expansão, os adolescentes precisam estar atentos a tudo e incluir os médicos em todas as decisões, além de contar com a permissão de alguém maior de idade que possa responder por eles.
O público teen não é tão diverso em suas escolhas de cirurgia plástica. Enquanto as meninas procuram por lipoaspiração e implante de silicone para valorizar os seios, os meninos se submetem mais à ginecomastia ou à redução das orelhas de “abano”. Por conta dessa intervenção, o paciente deve tirar todas as dúvidas com o médico cirurgião; além de estar ciente dos resultados que serão conquistados.
Aos responsáveis, vale ressaltar que a conversa no ambiente doméstico também deve ser levada em conta. Nada mais eficaz que uma conversa séria entre pais e filhos sobre uma decisão que influenciará a autoestima do paciente daqui para frente.