O Brasil passou os EUA em número de procedimentos cirúrgicos para fins estéticos e tornou-se o líder mundial neste segmento, responsável por 12,9% dos 11,6 milhões de procedimentos realizados anualmente. O número total de cirurgias estéticas brasileiras em 2013 superou 1,49 milhão, contra 1,45 milhão só nos EUA, de acordo com um relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Estética (ISAPS).

Esta é a primeira vez que os papéis são invertidos, de acordo com a entidade. No último relatório, de 2011, os EUA lideravam o ranking, com 1,09 milhão de cirurgias realizadas, contra 905 mil no Brasil. Porém, os norte-americanos ainda estão no topo da classificação para procedimentos estéticos não cirúrgicos, como rejuvenescimento facial.

 

Ambiente competitivo da cirurgia plástica

 

O alto nível de competição (há 5,473 especialistas) também levou a uma queda no preço dos procedimentos estéticos, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica. “Um tempo atrás, só a classe superior e parte das classes médias superiores podiam pagar este tipo de cirurgia”, afirmou.

As intervenções que são mais comumente realizadas no Brasil são a lipoaspiração (228.000), seguida por implantes mamários de silicone (226 mil) e elevações de mama (140 mil). Dos 19 tipos de procedimentos cirúrgicos cosméticos que apresentam na pesquisa, o Brasil é o líder mundial em 10 deles, entre os quais estão labioplastia, prótese de glúteo, assim como a rinoplastia e cirurgia de orelha.

As mulheres são responsáveis ​​por 88% dos procedimentos estéticos, ainda que também houve um aumento entre os homens.

 

Relatório da ISAPS

 

Para chegar a tal resultado, o relatório da ISAPS reuniu dados de 1.567 cirurgiões plásticos. Segundo o presidente da associação, do ponto de vista metodológico, os dados representam 30 países. Os dados foram coletados ao longo de quatro meses e o estudo foi realizado pela empresa Insights, uma companhia de pesquisa com sede em Ohio, nos EUA.